Millor Fernandes
Morte súbita é aquela em que a pessoa morre sem o auxílio dos médicos.
Habitação popular é uma casa sem portas e em que não se pode colocar janelas por não haver paredes.
Idade da razão é quando a gente faz as maiores besteiras sem ficar preocupado.
Cada vez há mais fortunas feitas entre o pôr-do-sol e o nascer-do-sol do que entre o nascer-do-sol e o pôr-do-sol.
Acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder.
Quando você dá um espirro se sente um homem realizado.
Como diz o cara absolutamente íntegro apanhado roubando: bem, eu também sou humano.
Nesse ritmo de incompetência as civilizações tropicais vão acabar morrendo de frio.
Patriotismo é quando você ama o seu país mais do que qualquer outro. Nacionalismo é quando você odeia todos os países, sobretudo o seu.
Quando começou a comprar almas, o diabo inventou a sociedade de consumo.
Além de transformarem o Brasil num cassino, viciaram a roleta.
Nascer estadista em país subdesenvolvido é como nascer com um tremendo talento de violinista numa tribo que só conhece a percussão.
Feliz é o que você vai perceber que era, algum tempo depois.
Todos os países são difíceis de governar. Só o Brasil é impossível.
Não há nenhum atleta com espírito esportivo. E nenhum artista trabalha por amor à arte.
O dedo do destino não deixa impressão digital.
Canalhas melhoram com o passar do tempo (ficam mais canalhas.)
Generalizando-se a corrupção, restabelece-se a Justiça.
Além de ir pro inferno só tenho medo de uma coisa: juros.