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Arnaldo Jabor

O que está acontecendo no mundo, atualmente, é uma confusão danada: uma história que não vem de hoje, vem de uns 1000 anos atrás, desde a fundação da religião muçulmana. O Oriente é islâmico e o Ocidente é cristão, ou seja, duas religiões monoteístas infalíveis – não há espaço para duas verdades num mesmo mundo.O Ocidente visa ao progresso, à mudança, já o pensamento oriental visa à eternidade, à fixação, ao mundo imóvel. É a guerra da verdade contra a razão, da teologia contra a democracia. Ninguém sabe o que vai acontecer. É feito doença que não tem cura – essa guerra não tem solução.

Brevemente, ouviremos a aeromoça falando: senhores passageiros, em caso de assalto, cairão automaticamente à sua frente coletes de aço e capacetes protetores contra tiros. Coloquem, e depois tenham calma com os ladrões. Não invadam a primeira classe, toda blindada e equipada com kits de sobrevivência, com champanhe e caviar para seqüestros de longa duração.? O problema no Brasil é que os ladrões principais não viajam armados. São todos bem vestidos e protegidos por nossas leis em vigor. E já que a reforma do Judiciário não sai, o que nós precisamos é inventar um raio X para Lalau, para gatunos de colarinho branco. Raios x para as almas negras dos corruptos, principalmente no aeroporto de Brasília.

Certos deputados querem fechar a imprensa. Desejam uma lei que os defenda da opinião pública. Aí acaba a democracia.

A bunda virou um instrumento de ascensão social. Nossas pobres meninas românticas, pensando em amor e filhos, lutam por um lugar ao sol e são obrigadas a rebolados cada vez mais desbragados (…). A bunda hoje é um capital.

Hoje em dia, somos praticamente masturbados pelas propagandas de lingeries em outdoors.

No Brasil, o barroco é sexy, principalmente na Bahia. Você entra em uma igreja barroca e as santas estão lá, com aqueles peitões que mais parecem a Feiticeira.

A globalização é a invasão do capitalismo moderno e mais privatista. Isso gera modificações na economia, nas administrações pública e privada e na ética das negociações. Essa é uma das grandes conquistas desse modelo.

Cachaça é a metafísica do pobre que, sem saber, está amarrado a tradições de milênios.

Grossura não tem limites…

A derrota de ACM abre uma nova era na política do Brasil, o fim do coronelismo vaidoso e autoritário.

Estou achando isso aqui uma arte maravilhosa, bem melhor do que a Bienal.

Na TV, mais importante do que ser profundo, é ser claro e interessante todo dia.

Tudo vai melhorar quando a maioria das pessoas de bem forem mais ousadas que as canalhas.

A miséria não acaba porque dá lucro.

A importância dele vai além do jornalismo e da televisão. Ele influenciou nossa vida, a linguagem e a cultura do povo brasileiro.

O verdadeiro país é este, o país que produz, o país dos empresários, das coisas do chão, do agribusiness. É muito mais profundo que o país do lero-lero, o país do eixo Rio ? Brasília ? São Paulo, o país que sai no jornal. O ciclo está sendo quebrado, o Brasil virou um problema da sociedade e não a sociedade um problema do país.

Osama bin Laden é um símbolo. Os EUA estão errando em atacar o homem, eles têm de atacar o sistema.

Eles querem a gente vivo, mas doente, dependente.

Os Estados Unidos têm uma postura de reorganizar o controle sobre os países periféricos, principalmente da América Latina; é uma reacomodação do controle.

A Vida é Bela? levou o Oscar porque americano gosta de filme que tenha judeu, criança e cachorrinho.

Na época de ‘Pindorama’, tinha 27 anos e nunca tinha dirigido um ator. Incrível como deram dinheiro para um estreante fazer um filme histórico.

‘Pindorama’ foi um fracasso, mas, para compensar, ‘Toda nudez será castigada’ foi meu melhor filme.

O melhor cinema do mundo é o ucraniano.

Está limitada a importação desenfreada de filmes estrangeiros no Brasil.

O mundo está tão louco que só a ficção dá conta da análise política .

O cinema brasileiro é impossível, é inviável. Mercado é mercado.

Lembro que eu e meu amigo, na nossa infância, nos excitávamos com os livros de medicina legal do pai dele.

Até hoje recebo e-mails de pessoas me xingando de canalha por causa do Oscar.

Nunca mais comento o Oscar.

Sou um maluco que anda por aí.

Gosto de chegar na redação do Jornal e ler a pauta para saber o que falarei. Gosto de escrever sob pressão, pois, o dia que eu não escrever, eu perco o emprego.

Eu vejo o ‘Altas Horas’ porque eu tenho insônia. E adoro ver o Serginho e os jovens deste Brasil.

Não me chame de senhor que eu me deprimo.

Tanto o Brasil como eu precisamos de uma reforma fiscal, pois vivemos em déficit.

Eu larguei o cinema, mas não nego que estou tentado a voltar.

Sempre gostei de escrever. Minha formação se deu pela literatura.

Tento ser uma espécie de desbravador do óbvio.

Os falsários tentam imitar meu estilo de texto, mas são tão maniqueístas, que os que me conhecem bem sabem que não fui eu que escrevi.

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